quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Tadinha

...as vezes vou correndo, com o vento, com o tempo, contra alguns, raramente cantando, as vezes sorrindo, de quando em vez chorando.

Vou tentando acreditar nos homens, nas cores que até mesmo vejo, e no interesse das abelhas pelo açúcar que rola nos doces.

Descubro o gosto da lágrima, salgada e doce ao mesmo tempo.Se alguns me largam, os deixo em paz, se minha utopia é a paz dos homens, tenho que começar por aqueles que de algum modo me fizeram bem, um dia.Sei que a solidariedade existe, o amor existe, a lealdade existe, e sinceramente,almejo que todos vivam intensamente por pelo menos um dia cada sentimento desses.

Eu não sou um anjo, não sou uma santa, me perdi entre a verdade universal, o bem e o mal, e já não sei mais para que servem os valores universais, mas sei que um dia sabia.

Cristo era com certeza um lindo homem, queria ter passado um dia sendo um de seus discípulos, poderia ser João ou Maria Madalena.

Sigo sozinha, porque um dia todos laços são desfeitos, se não são desfeitos, se transformam em nós que atam, que prendem, que fazem sofrer.

Nem é pessimismo, é algo empírico que atua por tempos como consequência dos lugares que pisei...E para que servem as lembranças? Não sou poeta para viver delas, não sou a melancolia para alimenta-las.

Não sou santa, não sou um anjo de candura, mas também não sou um demônio. Já sei que sou mais um por aí, mas são raros os que me tocam.


T.M.