. .
Desassosego, o último.
. .
Eu,
Já não sei mais quem
As vezes digo, ora não digo
E quando acabo de descer
Quero subir,
e subindo já não sinto graça
bem no meio do caminho.
Sei que a trama é assim,mas
meu caso complica
Mim sem eu é migo,
Eu sem migo não é eu.
Tigo não há,
pelo menos por ora
Deixa eu ser assim
Que a vingança não demora.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Augusto dos demônios
Um bom momento para escrever aqui. Quando Augusto percebeu, estava a beira de despencar ladeira abaixo. Estava quase louco. Perdeu todos os sentidos. Não sentia a dor nem o fogo queimar na pele, sobretudo não sentia nem a fumaça descer pela guela. Olhava o mato, o verde daquele jardim, isso era apenas o que ele conseguia ver, a dez passos de seu nariz. Era dali que o ser humano vinha, era prali que o ser humano ia voltar. Ele, qualquer dia desses. E não tinha medo, oscilava entre olhar o mato e a ideia de ser um astronauta, para flutuar na lua e no espaço! De lá ele contemplaria melhor as coisas... Augusto é um sujeito estranho, ele não tem cor, não come, não bebe, acho estranho, ele só fuma. Agora deve estar na aula, sorrindo por dentro, é um canalha?
Amanhã quando ele acordar, vai sentir dor nas costas, eu sei. Vai pedir massagem, vai suplicar carinho. Vai ficar sem comer o dia todo, vai soltar uns palavrões, vai jogar vídeo- game, vai sonhar ali pelas oito da noite, ser um atrosnauta, de novo. É um perdido... Sempre que vejo Augusto, dou um jeito de fechar os olhos, é muita melancolia. Mas o moço tem uma virtude. As vezes chora, e chorando confessa seu medo, seu pavor. E aí eu tenho que sair correndo pra não enlouquecer, também. O mais engraçado é que tudo para Augusto gira num plano superior, eu morro de rir. Ele não vê aqui, só vê acolá bem longe... Fico irritada, a grosso modo mesmo, sem salto e sem classe, perco toda a paciência, viro burra, fico ogra.
Sei que Augusto sempre volta ao planeta, pelo menos uma vez por mês, deve ser por isso que nem sinto saudades dele.
Amanhã quando ele acordar, vai sentir dor nas costas, eu sei. Vai pedir massagem, vai suplicar carinho. Vai ficar sem comer o dia todo, vai soltar uns palavrões, vai jogar vídeo- game, vai sonhar ali pelas oito da noite, ser um atrosnauta, de novo. É um perdido... Sempre que vejo Augusto, dou um jeito de fechar os olhos, é muita melancolia. Mas o moço tem uma virtude. As vezes chora, e chorando confessa seu medo, seu pavor. E aí eu tenho que sair correndo pra não enlouquecer, também. O mais engraçado é que tudo para Augusto gira num plano superior, eu morro de rir. Ele não vê aqui, só vê acolá bem longe... Fico irritada, a grosso modo mesmo, sem salto e sem classe, perco toda a paciência, viro burra, fico ogra.
Sei que Augusto sempre volta ao planeta, pelo menos uma vez por mês, deve ser por isso que nem sinto saudades dele.
Assinar:
Postagens (Atom)