terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Divagações cartesianas

A respeito da natureza, temos um ínfimo questionamento: como alguns animais - ou todos os animais - podem se sentir e se colocarem em posições superiores uns aos outros?
Os seres humanos tem uma mania de se colocarem num patamar a parte da natureza, do " mundo caótico" que os faz temer demais por sua fúria e castigo. Como até Freud acreditava que a figura de Deus poderia ter sido criada pelo homem a fim de que extissse um ser que fosse superior a ele mesmo, e a natureza, é claro. Deus existe? Para alguns sim para outros não, e certamente para aqueles que não acreditam na sua existência esse medo natural fica a cada dia mais intenso, vigoroso e formal.
Sabemos que o medo é sentimento natural, a natureza sente, ou seja, eu e você sentiimos. É o mesmo medo que nos faz questionar, e desse questionamento, nos faz também buscar uma resposta, seja no viés espiritual ou racional, nos fazendo tentar encontar caminhos que nos levam da escuridão para a luz
O medo da condenação e medo do oblívio, ou seja, de ser só mais um acidente biológico, procurando uma coisa que vai lhe acolher em outro mundo, proporcionando um conforto a fim de ressarcir toda desgraça vivida no planeta Terra. Penso que o medo seja bem ambíguo, nos carrega dos sentimentos mais condenáveis aos sentimentos mais louváveis. O medo do desconhecido - aliás o medo talvez seja o próprio desconhecimento - é o despertar da imaginação e da curiosidade mórbida bem como da nossa cosciência de que a iluminação completa é inatingível.
É o que eu estou sentindo agora, medo do barulho do teclado incomodar quem está dormindo.
O medo é como cavaleiro sem cabeça, sempre nos perseguindo, mas nunca conseguimos encará-lo de fato, apenas dar olhadas de relance pela traseira do cavalo. O medo é enfim, parte da noção da nossa própria insignificãncia e fragilidade.
A natureza é feito deus, bate com uma mão e acaricía com a outra, também tem o poder de nos nos condenar e nos salvar, ela está aqui a fim de procurar e encontrar a nossa humildade,e se por algum acaso, o ser humano não tomar a consciência de humanidade e coletividade, esse sentimento, que a natureza tanto procura - o que Jesus e Gandhi pregaram, e o que John Lennon tentou nos alertar através de suas melodias: Uma harmonia entrre todos os seres humanos, uma consciência coletiva, de que a morte é inerente, a vida é eterna e o medo é atraso. O mal e o mau são humanos.
por Thayane Morais e André Versiani