quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Sugestão das máquinas

Vejo três, não, quatro máquinas bem antigas de escrever. Mas elas estão na prateleira, justo numa sala de computadores... É algo meio incoerente se formos pensar em "cada coisa no seu lugar". Acreditar nisso é praticamente abrir mão da capacidade que lhe foi dada, a percepção e organização, ou seja, para sabermos que usar um teclado hoje em dia é melhor que usar uma máquina, depende apenas de nossas experiências que temos com os dois, agora saber dessas diferenças apenas pelo fato de as máquinas estarem guardadas isoladamente numa sala de computadores é subestimar a nossa atitude empírica. Isso que disse aqui, a princípio banal, tende a argumentar nossas atitudes que fere e inferioriza ao outro sem perceber, involuntariamente.


Eu queria mesmo é que os homens fossem todos iguais, não em suas questões financeiras, políticas ou familiares, mas em suas capacidades teóricas, psicológicas e inteligíveis. Isso seria a mais pura igualdade, a mesma instrução para todos, a mesma educação para todos, as mesmas plenitudes do espírito... Os mesmos ideais de acordo com suas formações-também iguais-. Ai nos perguntamos..." Mas isso não seria um poço de gelo? Uma civilização animal no sentido mais simplificado, onde deixaria de lado o que nos diferencia dos porcos que é -segundo o filósofo preferido dos historiadores- a condição de cosciência e passado consciente?Me perdoem se citei errado rs) " Uma sociedade é composta de indivíduos e não de latas!
Eu não quero igualdade, quero empirismo, não haveria graça nessa igualdade, definitivamente. Posso querer apenas por uma melhor distribuição de renda em meu país.

-A menina dança-

Quando eu cheguei tudo, tudo
Tudo estava virado
Apenas viro me viro
Mas eu mesma viro os olhinhos
Só entro no jogo porque
Estou mesmo depois
Depois de esgotar
O tempo regulamentar
De um lado o olho desaforo
Que diz o meu nariz arrebitado
E não levo para casa
Mas se você vem perto eu vou lá
Eu vou lá
No canto do cisco
No canto do olho
A menina dança
Dentro da menina
Ainda dança
E se você fecha o olho
A menina ainda dança
Dentro da menina
Ainda dança
Até o sol raiar
Até o sol raiar
Até dentro de você nascer
Nascer o que há

Moraes/Galvão
"Novos Baianos"

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Revólver

Ainda tens razão. Eu sou tão medíocre,
mas tão medíocre
mas tão medíocre
mas tão
mas tão
mas tão
mas
mas
mas.

Revólver.


Ainda há um refúgio para as almas mais tenebrosas e horrorendas de sujas.

domingo, 16 de novembro de 2008

Maldita hora que se fez a democracia sem democracia.
Mau dita foi a pronúncia de Deodoro}?


O melodrama da chuva é denso
O drama social além de denso é incatável.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ontem encontrei com três bebados no caminho de volta pra casa. Agora eu sei que o Diabo também serve seus filhos...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cercada só na prática.

Qual é o nosso maior pudor?Ontem me peguei de longe- no alto da estrada cotidiana-avistando o cão que lesado era... Era um cão tão dócil que de tão dócil ficara bobo, e por ser assim ficou sem estima. Nós não gostamos de cães fracos, porque já basta ao cão sua condição de animal irracional. Não me diferencio muito dele, pois tenho uma facilidade imensa de esquecer.
Então digo que a pedra não habita em meus olhos, mas joguei-a pela janela de teu quarto quando de tão cansada de se entregar (para quem não ama) adormeceu. Tinge a esfera no rabo de teu olho o pretume, a escuridão, a insensatez mais burra que uma mulher sem um pingo de feminismo-ou até mesmo femininimismo- pode ter, a beleza ausente, a delicadeza que não flui, a sabedoria que a ti ignora. Não quero que mudes, melhor que fiques assim e que me veja brilhar nos corações daqueles que te desprezam...
As minhas pernas finas caminham por lugares mais radiantes, mais acrescentadores,mais luxuosos e mais sinceros. Meu sorriso-quando puro- imobiliza os sentimentos dos espíritos imperfeitos, meu sangue frio congela a espada que guardas para me abater. O veneno que destilas, bebes todos os dias sem perceber.
O amor me consome a cada dia, então não ligo, me desligo e só.

domingo, 2 de novembro de 2008

Choca.
Chocante
Choca-me
Choca-te
Apaziguar é para os terríveis.