quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cercada só na prática.

Qual é o nosso maior pudor?Ontem me peguei de longe- no alto da estrada cotidiana-avistando o cão que lesado era... Era um cão tão dócil que de tão dócil ficara bobo, e por ser assim ficou sem estima. Nós não gostamos de cães fracos, porque já basta ao cão sua condição de animal irracional. Não me diferencio muito dele, pois tenho uma facilidade imensa de esquecer.
Então digo que a pedra não habita em meus olhos, mas joguei-a pela janela de teu quarto quando de tão cansada de se entregar (para quem não ama) adormeceu. Tinge a esfera no rabo de teu olho o pretume, a escuridão, a insensatez mais burra que uma mulher sem um pingo de feminismo-ou até mesmo femininimismo- pode ter, a beleza ausente, a delicadeza que não flui, a sabedoria que a ti ignora. Não quero que mudes, melhor que fiques assim e que me veja brilhar nos corações daqueles que te desprezam...
As minhas pernas finas caminham por lugares mais radiantes, mais acrescentadores,mais luxuosos e mais sinceros. Meu sorriso-quando puro- imobiliza os sentimentos dos espíritos imperfeitos, meu sangue frio congela a espada que guardas para me abater. O veneno que destilas, bebes todos os dias sem perceber.
O amor me consome a cada dia, então não ligo, me desligo e só.

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