sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Desistência acadêmica, breves, muito breves esclarecimentos

A Paixão segundo G.H... quando debrucei sobre esse romance durante as últimas duas férias, - não encontrei nada que certificasse a mim. O começo da leitura foi seguindo de forma rápida, sem interrupções. Só parava para comer porque a mãe me chamava ansiosamente. Lembro-me que fiz minha mãe ler o romance para discutir comigo, mas a leitura dela era muito mais fluída do que a minha...
Era uma tal de Clarice por todos os cantos... Nem a personagem Virgínia me impressionou. Falta de sensibilidade? Talvez

Deixando a febre ichaessiana de lado, resolvi arriscar às escrituras de Fiodór, russo, nato e mestre. Fui, como quem deseja encontrar prosas mais do que românticas, e com uma sede seca de leitor que caça por notas que expressem muito mais do que ideogramas.
Quando conheci Natalia Vasilevna,ela já havia morrido, e seu eterno marido não a deixava descansar em seu túmulo, nele ela virava e se revirava, até sua filha Lisa se mudar para o lado da mãe - metaforando uma imensa tragédia. Tudo era tão polifônico, todas as vozes, dos mortos e dos vivos, coexistiam. Sem herói, sem mocinho, tanto Veltchaninov como Pavlovitch, tanto Raskólinikov e os outros tantos kovs tinham o pleno direito de argumentarem suas vozes em pé de igualdade. Por causa dessas vozes a sociedade era mais perceptível, os pontos de vista eram mais claros, e eu finalmente conseguia tolerar os roncos da companheira de quarto.

Foram por esses e outros motivos que desisti das psicanaliticas obras de Clarice; tudo isso era demasiado forte para mim. Não teria a mínima competência neuropsicológica.

Excesso de sensibilidade?

Talvez...

domingo, 24 de outubro de 2010

Antes do "nada" tomar conta.

No fundo Deus quer que o homem desobedeça. Desobedecer é procurar - V.Hugo

domingo, 17 de outubro de 2010

Caro Alsaymer,

Ontem quando me deitei pra dormir, percebi uma leve dor nas pernas daquelas que parecem que esticam seus músculos até você não encontrar - dentro de si - mais forças mentais para impedir que a dor se multiplique... E roubando meu sono, ela rouba meus sentimentos voluntariosos deixando espaço apenas para que eu sinta apenas as lembranças do dia a dia , e que tedioso dia a dia; e o roubo do sonho não é o que mais me incomoda, o que mais embaça, são as lembranças que a falta de sono acarreta. Peculiares...

A tarde quando me sento para ler, caro Alsaymer, não consigo me ater, e penso logo nas minúcias dos meus dias aqui vividos há quase três anos. ( depois termino)