segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Mingua e singela.Sensatez dos loucos!

Era sua face, seus mais delicados gestos que faziam com que meus olhos virassem à direita e contemplassem o céu, quem voava por lá era a sensatez que parecia tão longe, tão fora de meu alcance... Seria pedir muito que ela me visitasse pelo menos essa noite tão atribulada, para que eu não afastasse as pessoas que eu adoro! E foi assim, por pena e compaixão de uma louca, que a sensatez visitou Miss.Lux. Tudo ficou mais livre, mais voador, mais perambulando, os ossos secaram menos neste dia, a pela não enrugou. Certo é que a lágrima que vier a rolar, se rolar, vai ser de gozo e não de dor. As vezes é preciso usar a sensatez, até os mais loucos clamam por sua eficácia no mais profundo de seus interiores.
Curtirei meu espírito doce e sutil por uma noite, uma madrugada fria talvez. Então o vento deixará de atrapalhar meus cabelos, e começará a modelá-los, as estrelas deixarão de ser palcos, e passarão a encenar junto a Lux, o som fluirá pelas casas que até então estavam lacradas com suas crianças reprimidas, as bandeiras de virtudes serão astiadas, a pele dos sapos serão veludo, as flores do mal serão recolhidas e eu terminarei a noite dizendo que sensatez traz liberdade.

Um comentário:

Marcelo disse...

Aqui do LCC, se você olhar para a direita vai ver o céu, no LCC, onde você acaba de entrar. Sensatez é liberdade? Talvez, eu diria. Mas me parece certo que insensatez seja falta de liberdade... será? Eu sempre caio no relativismo... te espero sorte diferente...