segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Um novo "eu", é isso que eu entendi.

Ele, um menino que eu nunca via, nem nos dias de chuvas, nem no dia de sol...
A quem sempre fiz referência a um ser dotado de sistemas( falo no sentido sistemático) , que nunca comparecia aos concertos de nosso contemporâneo "amigo" pianista, me levou a liberdade virtualmente, me mostrou mais uma possibilidade, uma probabilidade de verdade.
Foi naquela madrugada péssima, de um péssimo gosto habitual, que veio a luz, a luz do começo de um túnel povoado de mentes e corações.

Tive a impressão de conseguir por um instante, tocar na ponta dos pés descalvados de uma liberdade desconhecida- não havia nela nenhum ligamento com troços químicos, naturais ou daquele tipo de coisa que a sociedade familiar chama de " rebeldia ou vícios- Mas também não se tratava de acordos e sanções impostas por um Cristo ou por um deus, nem um santo, nenhum demônio, nenhum missionário que percorre os países mais baixos em busca de "almas", como se elas pudessem ser alimentadas.


Se tratava de algo puramente individual, colossal e lógico. Percebemos o quanto e vão prendermos nossos amores, o quanto é inverossímil sustentar com paixões as nossas vaidades, puxarmos o tapete dos mais fracos e não adianta se conformar, não adianta cortar os pulsos, não adianta aplaudir Baraka Obama, nem tomar banhos de pipoca nos terreiros, não vale a pena discutir com os simpáticos e efusivos.

Vale a pena enxergar que nós não somos o que pensamos, o que fazemos, o que comemos, o que falamos, o que pregamos, o que cometemos, o que vestimos, o que sabemos e até mesmo o que tentamos... Não somos a nostalgia , não nos movemos de esperança. As tantas verdades corroem, cada uma com seus respectivos manipulados. É preciso amor, compaixão e solidariedade, que não é construída, hereditária ou empírica, é algo inato de nosso ser, se possuímos, possuímos, quando não nascemos com ela, o que resta (aos desconcentrados) é observar e nada mais.

Contribuição: X

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