sexta-feira, 19 de setembro de 2008

"Tequila"

“Dois poderosos mitos fizeram-nos acreditar que o amor podia,
devia sublimar-se em criação estética:
o mito socrático (amar serve para criar uma multidão
de belos e magníficos discursos) e o mito romântico
(produzirei uma obra imortal escrevendo a minha paixão).”
Roland Barthes, Fragmentos do Discurso amoroso,1977.
Se a presa é inimiga da perfeição é uma tremenda bobagem correr. Correr dos e correr pelos, é estranho quando um, um só coração pode contemplar a tantos, e saber que a maior dádiva de um homem é poder adivinhar os pensamentos do seu próximo. Quando se trata de proximidade, vale tudo, mãe, pai tia, amigo, pois é o próximo mais próximo que vai realmente saber a vantagem de serem teus próximos quando experimentarem do seu amor.
Importante é ressaltar que a cada tempo estamos amando alguém, que é incrível como nossos gostos amorosos variam ao longo do tempo, um dia amamos o sol, no outro queremos com toda coragem sentir o orvalho cair sobre nossos corpos. Eu pergunto talvez como o mais pacato dos cantores brasileiros " de Rock":
-E hoje e dia, como é que se diz eu te amo?
Bate forte um coração aqui dentro, talvez cansado de tanto amar, talvez desesperado por confundir tanta coisa!
Mas uma coisa é fato, se materializarmos o amor, ele será o objeto do discurso que mais têm efeitos sobre seus interlocutores.
E depois de tudo, a louca sou eu.

Um comentário:

Marcelo disse...

"Bate forte um coração aqui dentro, talvez cansado de tanto amar, talvez desesperado por confundir tanta coisa!"

Talvez esperando ansioso pelo dia em que tudo não pareça tão confuso, pelo dia em que o equilíbrio não pareça mais tão distante...